domingo, 2 de outubro de 2011

Música, sentimentos e Coldplay

A gente nunca vai entender o poder de certas coisas. Nunca vamos conseguir entender o porquê de nos apaixonarmos, a razão pela qual certo lugar nos faz tanto bem ou o verdadeiro motivo de querermos demasiadamente alguma coisa. De fato, essa incerteza é fabulosa e recai sobre uma dúvida recorrente em minha vida: por que a música nos deixa tão vulneráveis, propensos a sentimentalismos e pequeninos? Teria ela uma fórmula mágica ou seria pura questão de formação, lá na nossa infância? 

Tenho uma vaga lembrança da primeira vez em que ouvi Coldplay, minha banda favorita. Era uma noite de sábado em 2003, aniversário de alguém aqui na rua e aquele piano de “Clocks” insistindo em tocar repetidamente os mesmos acordes. Nessa época, não fazia a mínima ideia de quem diabos era Coldplay, mas adorei a melodia, que ficou guardada na mente. Com o tempo, mais precisamente em 2005, graças ao lançamento do terceiro álbum da banda, X&Y, e de programas como o Disk MTV, passei a contemplar e gostar cada vez mais das canções. 

É como se cada uma tivesse sido trilha sonora de um momento da minha vida. Escola, amigos, namoro, realizações, traumas, decepções, alegrias, tristezas... Um misto de sentimentos conturbados que eu sei muito bem onde e por que estão guardados. Mas por mais que eu tente, não consigo entender qual o poder que essas letras e melodias têm. Por que um piano, frases belíssimas e um sotaque britânico carregado me afetam tanto? Teria alguma explicação racional ou apenas sentir já é o suficiente? 

Sinceramente, prefiro não me ater a essas frivolidades. A música tem um poder inquestionável de nos tornar pessoas melhores, de nos fazer bem e isso, pra mim, já basta. O que não me exime de lamentar minha ausência no show do Coldplay no Rock In Rio. Só de imaginar toda aquela galera fazendo parte do coro de “Viva La Vida”, indo ao delírio com a versão da banda pra “Rehab” da Amy Winehouse e chorando com “Fix You”, bate uma pontinha de inveja. Ver pela televisão já traz uma energia tão boa, pessoalmente deve ser um trilhão de vezes melhor.

No mais, fica a ansiedade pra outro show deles por aqui ou para novos momentos inesquecíveis ao som de suas canções. Um álbum com mais músicas apaixonantes já vem chegando e só nos resta ter um pouquinho de paciência pra ouvi-lo por completo. Ser fã é ter sempre essa esperança de que seu ídolo pode fazer melhor e que o resultado vai agradá-lo de todas as formas possíveis. E um recado ao futuro: “Sim, meus filhos, esse é seu pai escrevendo sobre a banda que embala as noites de vocês. Durmam bem e deixem que eu cuide do resto!”


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5 comentários:

  1. Gostei :D
    A psicologia tem uma explicação, quando eu aprender isso eu te conto. kkkkkkkk

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  2. Coldplay *__*
    Eles sempre conseguem nos deixar emocionados... Amo,amo.

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  3. Teu texto é simplesmente LINDO, não tem palavra melhor pra descrever !!
    Coldplay é simplesmente a banda que vai embalar a minha vida !! *-*

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  4. "A música promove o mais difícil dos encntros: aquele que acontece com nós mesmos." (Calcanhar de Aquiles)

    Abração do amigo "Calcanhar" aqui.
    http://soucalcanhardeaquiles.blogspot.com

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  5. E como não se apaixonar por Coldplay!? ♥ Talvez aquele doce som do piano queira apenar unir muitas pessoas que estão longe... E trazer a paz para a mente daqueles que a buscam. É a melodia que decifra os sentimentos da alma.

    Beijão, da sua mais nova leitora e parceira ;D
    http://isahbrown.blogspot.com.br/

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