segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Métodos Marckosianos de ver a vida (4)
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Tijolo por tijolo
domingo, 29 de novembro de 2009
Própria Fuga
sábado, 21 de novembro de 2009
Contos de Whisky II
Era noite de Natal. Em meio à música, vozes e pessoas, Carolina escolhia ficar só. O oitavo andar poderia ser seu refúgio, desde que ninguém, nada a pudesse perturbar. Não gostava muito de comemorações. Culpa de seus pais, responsáveis por quase todos os traumas e complexos presentes naquela alma. Gostava da noite e queria sair para um lugar tranquilo, onde ela e sua solidão pudessem aproveitar a escuridão como um casal de bêbados dançando e cambaleando sob o luar.
Lembrou-se daquilo que sempre a acompanhava em tempos difíceis. Aproximou-se da adega, pegou o melhor vinho, colocou 3 cubos de gelo em um copo e afogou-se em mágoas. Pensava em sua mãe, histérica e nervosa, espalhando por aí como era infeliz e como desejava morrer naquele segundo. Morrera, arrependida e, por incrível que pareça, feliz. Recordava a brutalidade de seu pai. As surras, as brigas homéricas, as discussões nas sextas-feiras à tarde, os impedimentos... Olhava para trás e não conseguia enxergar algo que tivesse valido à pena. Realmente, nada valia à pena. Hoje, a infeliz era ela, sem carinho, sem perspectiva, sem futuro, sem amor.
Mas tinha o que posso chamar de “instinto defensivo emocional”. Carolina havia se relacionado com 5 homens. Não amou nenhum, justamente porque não sabia – e não sabe, até hoje – o que é o tal do amor. Sexo, nunca fez. Seu corpo pedia, mas a única resposta que ela conseguia dar era o trabalho. Carolina tinha prazer por trabalho. Era uma jovem e bonita mulher refém do trabalho. Não sentia afeto por ninguém, nem mesmo por seu cachorro, que naquela noite de 25 de Dezembro resolvera passear pelas ruas do bairro em busca de atenção. Como ele descera aqueles 8 andares? Deveras desnecessário...
Era instinto porque era subjetivo, exclusivo, pessoal. Era da Carolina. Era defensivo porque a cada nova tentativa e a cada nova decepção, fechava-se em si mesmo deixando para trás qualquer arrependimento que pudesse pensar em ter. Era emocional e autoexplicativo. Fora amada por todos os seus 5 homens, que ao primeiro passo em falso, perdiam aquela linda menina de olhos castanhos escuros, cabelos encaracolados pretos e sorriso no rosto. Dava medo.
Agora, é Ano Novo. Ela sente como se algo realmente novo a estivesse esperando na esquina mais próxima, mas tem medo de descer e descobrir o que é. Estava insegura. Carolina passara uma semana presa em seu apartamento, com medo do mundo e ninguém entendia o porquê. Ninguém mesmo, afinal, Carol, como prefere ser chamada, tem a incrível capacidade de enxergar o brilho perdido das pessoas.
E bebia. Como todos os outros indivíduos que conheço. Pra ter coragem, pra dançar ao som da música mais agitada, pra ter liberdade, pra ficar junto de alguém que nunca imaginaria poder ficar, pra fazer acontecer... Entretanto, é só um pretexto para vencer o medo. A maioria dos ébrios que conheço lembram-se de tudo o que fizeram na noite passada – inclusive o gosto do beijo da pessoa amada. Os desmemoriados, como Carolina, pedem e eu conto tudo o que vejo. O que realmente acontece só você pode me dizer...
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Estação Felicidade
sábado, 7 de novembro de 2009
Estação Felicidade
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
O que eu queira sentir
És perdido, insano, inquieto, vivido
És um sonho, uma honra, um beijo, um pedido
És confuso, catado, ligeiro, perigo
És pequeno, voraz, atento, preciso
És a noite, a tarde, o dia, sentido
És o fogo, a carne, a sombra, um bicho
És de sorte, o maior e mais lindo inimigo
És estranho, não mais que estranho conhecido
És veloz, arrebata, de novo o abrigo
És o som e o barulho, meu novo alento
És temido, impávido, colosso, sentimento.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Vampiro, pra que te quero?
domingo, 18 de outubro de 2009
Contos de Whisky
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Gente e máquina
domingo, 27 de setembro de 2009
Um ensaio para a vida
domingo, 13 de setembro de 2009
Lados e opostos
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Morte aos independentes
domingo, 16 de agosto de 2009
Amor ou amizade?
domingo, 9 de agosto de 2009
Martírio do acaso
sábado, 1 de agosto de 2009
Sedução
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Doce Pecado
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Meu primeiro porre
sábado, 18 de julho de 2009
Paralelas
domingo, 12 de julho de 2009
Mil e uma primaveras
terça-feira, 30 de junho de 2009
Métodos Marckosianos de ver a vida (3)
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Diploma? Que diploma?
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Revoluções por minuto
domingo, 31 de maio de 2009
Maio
Além de formalizar um quase casamento de ideologias idênticas, diferentes e complexas (leia-se: namoro), Maio me fez perceber o quanto mulheres de verdade têm o seu valor. Mulheres perfeitas não precisam ser perfeitas. Basta que o conjunto da obra te faça perceber o quão bom é estar com elas e entender que os defeitos delas são suas próprias qualidades.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Rabiscos II
terça-feira, 19 de maio de 2009
Prosa e Poesia
sábado, 16 de maio de 2009
A tal da coincidência
segunda-feira, 11 de maio de 2009
No dia em que conheci Mario Prata
Era uma segunda como outra qualquer, a não ser pelo fato do professor de Filosofia/Sociologia falar sobre Zadig, um dos personagens de Voltaire. Dentre outras coisas, comentou sobre a ironia da obra e que nela estava a origem de várias piadas que até hoje o Didi usa em seu humorístico dominical. Renato sempre teve disso, pelo menos pra mim. Usa exemplos de sua vida e cabe aos alunos bons da cabeça e doentes do pé tomar para si alguma coisa.