domingo, 31 de janeiro de 2010

Seis letras que choram

Há muito tempo atrás, existia em um reino próximo ao Brasil que tinha como Rei um homem severo, ganancioso e possuía um dos maiores e mais antigos males da humanidade: a inveja.
 
Ele se sentia infeliz e intranqüilo, pois próximo à sua nação existia dois reinos menores, mas que inspiravam muita paz, utopia e perfeição. É claro que isso tudo não passava de aparência, já que em todos os reinos havia seus defeitos, brigas, desuniões e também coisas boas, como sabedoria, carisma, beleza e principalmente uma coisa que os diferenciavam dos outros: sinceridade. O rei invejoso, por incrível que pareça, se sentira cada vez mais próximo dos “reis perfeitos” e queria conhecê-los melhor. Os reis então se tornaram os melhores amigos, sempre se visitando (embora sempre houvesse um rei que não queria que um visitasse o palácio do outro).
 
Mas um dia toda essa amizade desabaria, quando os reis vizinhos resolveram se reunir, e o rei invejoso sentiu retornar todos aqueles sentimentos malignos e tudo que ele havia cultivado para com seus melhores amigos desmoronou. Encabeçando um diabólico plano, o rei proferiu boatos infundados para denegrir a imagem dos outros reinos e colocar uns contra os outros para que quando os seus amigos estivessem fraquejados, ele tomasse todos os seus bens cobiçados.
 
O plano no início deu certo, entretanto a consciência pesada do rei começou a latejar ao ver seu amigo necessitado ele não pôde ajudar, tendo ele ficado com um medo avassalador de perder a amizade de seu melhor irmão e ser condenado pelo seu crime. Mas o sentimento de inveja e ganância corrompeu-no por completo e ele fechou os seus olhos para a realidade.
 
Certo dia, o rei da inveja descobrira que seu melhor amigo havia descoberto toda a trama e resolveu cortar relações com ele. Foi o pior dia da sua vida. Não bastando o fato de ter perdido mais que um amigo, um irmão, ele viu seus amigos se afastarem, sofreu “ameaças” de morte, viveu dias sufocantes e passara noites em claro pensando no seu ato diabólico e ainda perdeu a amizade daquela que considerara sua maior confidente, uma das melhores mães do mundo, que era a de seu ex-amigo.
 
Essa história vale como lição para muitas pessoas que põem a ganância na frente do coração e devotam sua vida a um dos sentimentos mais perversos do universo: a inveja.
 
Redijo este artigo, ainda com a mão trêmula, para dizer-lhes: não se deixem levar por esse pecado maldito, que destrói vidas, cortam relações e criam inimizades. Se você sente inveja de seu melhor amigo, converse com ele. Não prepare planos mirabolantes para testar o seu “teto de vidro”. Tente entender seu lado e veja que nada no universo é perfeito, e se existir, um dia acaba. Solte seus espectros, “soltem os panos sobre os astros no ar, soltem os tigres e os leões nos quintais”, mas não acumulem sentimentos ruins.
 
Bem amigos, essa foi a mensagem de uma nova era. Chega de inimizades, acabe com a maldita inveja e seja quem vocês são. E se eu estivesse no lugar do rei que traiu seu amigo, eu pediria para o mundo seis letras, que não choram, e sim que sorriem e abrem muitas portas. Pediria PERDÃO.
 
Por Leandro Chaves,
ou (um novo) Mr. Blonde

domingo, 24 de janeiro de 2010

Crônica da falta de crônica

Depois de um tempo sem escrever nenhuma crônica, nossa mente começa a nos perturbar. Alguns definem isso como “crise de abstinência intelectual”, enquanto outros preferem dizer que o tal problema não passa de “uma simples, porém maldita, falta de inspiração”. Eu discordo. Não existe falta de inspiração em um mundo maravilhoso como esse, onde a pior das dores pode servir de plano de fundo para um texto. O que existe na verdade é a falta de vontade, disposição ou até mesmo tempo para alinhar as palavras e transformá-las em leitura.
 
Digo isso porque minha “falta de vontade, disposição ou até mesmo tempo para alinhar as palavras e transformá-las em leitura” foi a grande responsável pela falta de textos como esse neste espaço. Se fosse algo remunerado, qualquer tema caberia, até falar sobre as palavras cruzadas que terminei de fazer ainda há pouco. Mas prefiro isso de escrever sobre algo que me perturba ou que realmente me dá vontade de escrever. Apesar de que ganhar dinheiro escrevendo deve ser algo fascinante…
 
Nestes meses de ócio, milhares de coisas passaram pela minha cabeça de recém-adulto. Pensei em escrever sobre novos amores, sobre filmes, família, amigos e não-amigos, responsabilidades, músicas, coisas que me atraem… até fazer uma crônica sobre a Lady Gaga era um dos temas que quase viraram texto. Mas outras prioridades apareceram em minha vida. Tive que estudar pra fazer o tal do ENEM, curtir minhas férias com os amigos, namorar um pouco (afinal, ninguém é de ferro), fazer coisas novas, conhecer novos lugares… Experiências que texto nenhum consegue expressar em plenitude.
 
Em plenitude. Porque pelo menos a essência da coisa eu vou tentar transmitir a todos vocês que me leem nesse momento. Experiências marcantes, provas de amor, medos, aflições, pontos de vista e qualquer outra coisa que me provoque o bastante para que eu escreva sobre ela. Não é uma promessa, é mais uma responsabilidade. Tirar o peso de ter tanta ideia presa na mente e evitar que o ócio consuma cada uma delas em fogo baixo.
 
Avise a todos que o Senhor do Tempo está de volta. E com mais ideias em mente. Pronto pra rabiscar, contar histórias de um cara com nome de bebida, mostrar novos métodos para viver melhor, escrever sobre seu tempo, sobre sua vida ou sobre a vida dos outros. Conto com a ajuda de cada um aí do outro lado, para que esse seja mais um espaço de entretenimento e de boas vibrações. E que a cada dia, possamos acordar como pessoas melhores, mais dispostas e cheias de vontade de escrever uma nova crônica em nosso livro da vida.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Cabelos ao vento

E agora
Os teus cabelos são meu corpo
Afagar
Os teus cabelos são meu livro
Te encontrar
Os teus cabelos são história
Te contar
Os teus cabelos são lembrança
Vou levar
Os teus cabelos são encontro
Te beijar

Nenhuma palavra foi dita
Toda palavra foi dita
Cabe a qualquer parte
Virar arte, poesia
E os teus cabelos são, agora,
Minha glória, meu cantar
O teu sorriso, minha vitória
Celebrar e celebrar
E o teu desejo, meu desejo
De verdade, te amar

Marcos Lima

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Contos de Whisky III

- Honestamente. Não quero mais falar sobre isso.
- Mas, doutor. Essa é a sua última chance.
- Ok, Viviane. Quer dizer que você quer terminar seu namoro de 5 anos pra ficar com alguém totalmente diferente de você quando o assunto é relacionamento?
- Eu não diria totalmente diferente.
- Certo, certo. Mas essa não é a questão. O problema é que você quer deixar para trás todos os momentos bons vividos com seu atual namorado e trocar por algo que você nem sabe se vale a pena.
- Vale, doutor.
- Ok. Então me diga por que vale.
- Vale porque eu amo o Carlos. Nunca fui perdidamente apaixonada pelo Guilherme. Nunca me peguei pensando nele à noite, antes de dormir, mesmo quando estávamos apenas nos conhecendo. Era coisa de menina adolescente apaixonada e louca pra ser feliz. E o melhor é que fui feliz. E continuo sendo, só que agora apaixonada.
- E por outro.
- Isso, por outro!
- Mas seja sincera consigo mesma. Você ainda gosta do Guilherme?
- Gosto como amigo. Aliás, nós sempre parecemos mais amigos do que qualquer outra coisa. Nas festas em família, nas idas ao shopping, nos shows e baladas, nas noitadas pelos bares... Todo mundo sempre achou que nós éramos apenas amigos. Bons amigos!
- E por que namorar 5 anos com uma pessoa que lhe é apenas amigo?
- O diferente me atrai, doutor. Ele era diferente. O meu primeiro beijo foi com ele. Era quase um segredo que deveríamos guardar. Eu confiei nele como se confia na amiga mais íntima. Passamos 5 anos confiando um no outro, mesmo quando o que eu mais queria era não poder confiar. Sou grata a ele por tudo, mas hoje vejo que estou mais acostumada em tê-lo por perto do que gostando de verdade.
- Mas você chegou a gostar dele de verdade?
- Gostar sim, mas amar não. O nosso “Eu te amo” era um “Eu te amo” de amigos. E nunca foi mentira.
- E o Carlos, Viviane? O que te faz amar tanto esse rapaz?
- Bem, doutor. O jeito como ele me olha, o sorriso que ele me dá sempre que nos cumprimentamos, o abraço apertado de vez em quando na escola, a sua inteligência, a sua beleza, o seu jeito de ser, sua educação. E alguma coisa que eu ainda não descobri o que é, mas que eu estou disposta a descobrir o mais breve possível.
- Entendo. Já falou isso pra ele?
- Não. Tenho medo de que ele não sinta nada por mim.
- Então, novamente te faço essa pergunta. Está disposta a terminar um namoro de 5 anos para simplesmente descobrir algo oculto de uma outra pessoa?
- Não é terminar por terminar, doutor. É isso que eu queria que entendesse. O Guilherme anda estranho. Não conta mais nada sobre sua vida, não me conta seus problemas, como vai na escola... O fato é que continua apaixonado. Ele. Já eu, não. Vai ser difícil fazê-lo entender isso.
- Então, se está totalmente decidida, converse com ele. Terminem o namoro juntos.
- É isso mesmo, doutor Marcos. Vou conversar com ele e me resolver. É preciso coragem pra enfrentar novos riscos.
- Boa sorte, minha filha.
- Obrigada!

Naquele dia, Viviane saiu da sala do psicólogo decidida a mudar sua vida. Chamou Guilherme em um canto, falou tudo o que tinha pra falar e terminou o namoro. Ele concordou. Não havia outra saída se aquele quase noivado não fazia mais sentido nem pra um nem pra outro. À noite, antes de dormir, Viviane contou tudo o que havia acontecido para Carlos, que, apesar de não querer que ela tivesse terminado aquela relação, ficou feliz da vida.

No dia seguinte, Viviane curtiu seu primeiro dia de solteira na casa de uma amiga. Não sabia ao certo o que queria fazer, mas decidiu que iria fazer. Pegou a bebida mais ardente que havia no lugar e bebeu de uma só vez. Cantou, gritou, esperneou, fez declarações para Carlos e dormiu... Acordou bem mal e nem um pouco arrependida. Tinha começado uma nova vida, ao lado de uma vida nova. E havia dito o primeiro “Eu te amo” verdadeiramente apaixonado para alguém que realmente merecia.

Isso aconteceu há 30 anos. Viviane e Carlos estão casados até hoje e a lembrança que mais guardo dos dois é o olhar sincero que ambos insistem em dar toda vez que se olham. Formam um casal perfeito, com apenas um objetivo na vida: serem pegos de surpresa!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

As 18 músicas da minha vida (Parte 2)

Dando continuidade à minha lista com as 18 músicas que mais me marcaram nesses 18 anos de vida. Aos trabalhos, pessoal…
 
10. Senhor do Tempo – Charlie Brown Jr.
A música que deu origem a esse blog. Uma letra maravilhosa, que tem tudo a ver comigo, com minha história e com minhas experiências. Ter a alcunha de Senhor do Tempo é uma das sensações mais estranhas, admito, mas uma das mais prazerosas que podem existir. Se eu pudesse encontrar o Chorão, vocalista do Charlie Brown Jr., com certeza o agradeceria.
11. Lugar Ao Sol – Charlie Brown Jr.
Outra dos caras do Charlie Brown que invadiram a cidade! Como a maioria das letras deles, essa música é mais uma que consegue transmitir uma mensagem legal, que conforta e se assemelha ao que sou ou ao que tento ser. Buscar um lugar um sol é o grande desejo de todos, uns mais, outros menos. E um grande amor também… “Nossas vidas, nossos sonhos têm o mesmo valor. Eu vou com você pra onde você for. Eu descobri que azul é a cor da parede da casa de Deus e não há mais ninguém como você e eu”
12. Proibida Pra Mim – Zeca Baleiro
Tudo bem que essa música também é de autoria do Charlie Brown Jr., mas eu a prefiro na voz do maranhense Zeca Baleiro. E explico. Além de ter uma das coisas que mais gosto no mundo da música – o som do violão –, Proibida Pra Mim me lembra cinco palavras: mãos, voz, futuro, amor e Jamille. O resto, deixa assim ficar subtendido…
13. Superman – Fruto Sagrado
Mais um exemplo de música evangélica que tem tudo a ver comigo. A primeira vez em que a ouvi foi no canal de áudio Gospel da SKY – canal esse que eu quase nunca acesso. Mas valeu a pena. Quem quiser conhecer um pouco mais sobre mim deve ouvir essa canção. E mesmo quem não queira, ouça. Ela também vai te confortar…
14. Super-Herói – Sandy e Júnior
Não há muito o que explicar sobre essa canção. O que percebo é que a letra das músicas nacionais é o que mais influencia para que elas se tornem marcantes em minha vida, ao contrário da melodia nas internacionais. E Super-Herói é mais uma que me marcou por esse motivo. Letra bonita, violão e minha história!
15. A Queda – Lobão
Se a decepção insistir em bater a sua porta, ouça essa música. Em um namoro conturbado, me pegava ouvindo incessantemente essa melodia ejaculada na velocidade terrível da queda. E se me vir ouvindo ela por aí, com ela em meus profiles da vida ou adaptada em qualquer texto, pode crer que a situação não está nada boa. Mas como tudo tem seu lado bacana, é mais uma das músicas dos anos 80 que tive a oportunidade de conhecer graças ao projeto Acústico MTV.
16. Espero Minha Vez – NX Zero
Primeiro vestibular, ano ruim, discussões… Considero essa a música mais bonita do NX Zero. Uma letra motivadora e uma melodia legal. E outra música que conheci no ônibus enquanto estava indo colocar crédito na minha carteira de estudante. Eu gosto do transporte coletivo, eu gosto da “paz” que ele me traz. Mas prefiro sair de carro de madrugada pelas estradas da vida…
17. Eu Amo Mais Você – Catedral
Quem aqui já beijou alguém olhando o pôr do sol e ouvindo música? E quem aqui já beijou alguém olhando o pôr do sol e ouvindo essa música do Catedral? Cara, imagina: estar com a pessoa que você ama, do jeito que você sempre sonhou e com a lua e uma estrela que você jura ser aquela que o acompanha sendo as únicas testemunhas desse momento único… Marcou e esse momento eu vou lembrar pra sempre como sendo um sonho realizado!
18. -
Ainda estou a procura daquela vai merecer ser a 18ª música da minha vida. E você, tem alguma sugestão pra me dar? =)

domingo, 3 de janeiro de 2010

As 18 músicas da minha vida (Parte 1)

Já imaginou o quão maravilhoso seria se cada momento de nossa vida fosse gravado para a eternidade? Poder rever tudo aquilo, pausar, rir, chorar, comentar, criticar, perceber onde estava o erro, o que poderia ser melhorado… Seria uma forma de resgatar histórias e de contá-las melhor, do jeito que realmente aconteceram.
 
Melhor ainda, se cada uma dessas histórias fosse transmitida com uma trilha sonora ao fundo, tipo filme ou coisa assim. A música tem o poder de trazer de volta partes inesquecíveis da sua vida. E é por isso, exatamente por isso, que venho aqui retomar alguns desses momentos, bons e ruins, que me fizeram crescer e aumentar ainda mais o meu gosto por boa música.
 
A seguir, uma seleção com as 18 músicas que mais têm a ver comigo ou que me marcaram de alguma maneira nesses 18 anos. Aprecie ou deixe pra lá…
 
1. Clocks – Coldplay
Não faço a mínima ideia da primeira vez em que escutei Clocks. Minha memória insiste em dizer que foi em uma festa de aniversário aqui na rua, mas eu não me lembro. Só sei dizer que ela me traz uma paz e uma sensação de dever cumprido que nenhuma outra música consegue transmitir. E que ela é o principal motivo de eu namorar de verdade hoje em dia…
2. Miss You Love – Silverchair
Meus sábados, aos 15 anos, ouvindo programa de rock em uma rádio local enquanto escrevia “Meu Mundo” (uma novela malfadada que eu resolvi rabiscar). Mas não é só isso. A minha preferência estranha pelos dias de sábado, a sensação de “dèja-vu anos 90” que me acomete de vez em quando e minha vontade de estar em algum lugar, com alguém especial, olhando o pôr do sol, no sábado à tarde, ouvindo essa música. Por algum tempo esse era o meu primeiro encontro ideal.
3. Wonderwall – Oasis
Juro que não sei dizer o porquê de gostar tanto dessa música. Talvez a sensação de já tê-la ouvido quando era criança, talvez sua sonoridade, talvez a vontade de falar pra alguém que “existem muitas coisas que eu queria dizer pra você, mas não sei como”… Ou talvez nada disso. Ah, ela também é a música que marcou o meu primeiro namoro que eu achava que iria pra frente!
4. Iris – Goo Goo Dolls
Vai cansar, eu sei, mas essa é mais uma das músicas que eu juro com os pés juntinhos que eu ouvi em algum lugar na minha infância, mas não sei onde e quando. E pode até ser, visto que ela era trilha sonora de um filme de 1998 (Cidade dos Anjos). Quem sabe, né?
5. Speed Of Sound – Coldplay
2005, 7ª série. Uma traição de alguém que eu considerava amigo e noites de fim de semana com essa música ecoando no aparelho de som que eu insistia em trazer pro meu quarto só pra colocar o CD gravado pelo cara da lan house. Hoje, traição superada, é uma música que me ajuda a pensar e a libertar certos fantasmas. Como eu disse um pouco antes de escrever esse texto: “Speed Of Sound faz milagres…”
6. He Wasn’t – Avril Lavigne
2005, de novo. Por incrível que pareça essa não é a minha música preferida da Avril Lavigne. Ela só entrou aqui porque faz parte de um momento engraçado da minha vida. Eu, menino franzino de 13 anos, adorava cantar as musiquinhas em inglês. Até que em um belo dia, cantando essa música, me pego transformando “Sit on the bed alone” em “Senta no Beralônio”. Riram. Hoje, Beralônio vive bem na casa da minha namorada, sob a forma de um sapo preguiçoso!
7. Broken – Seether e Amy Lee
O tipo de música que um dia eu ainda vou aprender a tocar no violão e cantar pro amor da minha vida em um sábado à tarde. Lembro bem da primeira vez em que a ouvi: um dia de semana no Central MTV. O clipe havia me chamado atenção, mas eu não tinha ouvido a música por completo. Eis que, chegando da Educação Física que eu quase nunca ia, lá estava ela fazendo sucesso no Disk MTV. Ah, o clipe me chamou atenção porque é em um lugar deserto daquele jeito que quero ir um dia, passar uma tarde. Mas tem que ser em um sábado, viu?
8. Goodbye For Now – P.O.D
Outro exemplo de junção perfeita entre clipe e música. Goodbye For Now é uma das canções que me deixaram fascinado pelo rock cristão, desses tocados em igrejas evangélicas. Minhas tardes eram superlegais quando eu ficava assistindo ao Plantão Musical da Rede Gênesis. Não que eu estivesse a um passo de virar evangélico, mas algumas músicas me deixavam mais livre, mais humano, mais perto de Deus. Pesquisando pra escrever esse comentário, acabei descobrindo que a garota que canta no finalzinho da música é a Katy Perry, dos tempos em que ninguém sonhava que ela tinha beijado uma garota e havia gostado disso!
9. Fast Car – Tracy Chapman
Meus finais de tarde chuvosos, fazendo o dever da escola, sentado à mesa da cozinha, minha mãe costurando e o radinho de pilha tocando essa música. Aquele friozinho, o barulho da chuva forte, a voz tocante do locutor do Momentos de Amor às 5 da tarde e nenhuma preocupação do que eu era ou do que eu pensaria em ser. Só queria que tudo voltasse a ser como era. Ou pelo menos, que chovesse bastante nos meus próximos finais de tarde em que eu estivesse ouvindo essa música…