Resolvi fazer algo diferente dessa vez: tratar sobre o assunto dos próximos meses - a política. Não a política superficial, que quase sempre se torna negativa, mas encontrar uma maneira de se estabelecer uma política consciente, que deveria ser seu verdadeiro papel aqui no Brasil.
“Mas nós dançamos no silêncio
Choramos no carnaval
Não vemos graça nas gracinhas da TV
Morremos de rir no horário eleitoral...”
Engenheiros do Hawaii
Falar sobre política no país em que vivemos sempre foi um assunto meio complicado. Passamos por uma época de Império, onde os sonhos republicanos se faziam cada vez mais presentes no cotidiano da população. Depois disso, a República não se efetivou de fato, como todos sabemos. Veio a ditadura, a censura e a repreensão, trazendo consigo o amargo sabor da derrota democrática, que após um bom período, conseguiu se estabelecer pelo menos como forma de governo oficial.
Hoje, coexistimos em uma sociedade democrática, onde o voto é a ordem, a única voz, consciente ou não, do que a população espera para si. Porém, de uns tempos pra cá, o voto anda fazendo parte do que eu chamaria de “política capitalista”, onde candidatos a cargos públicos induzem o eleitor a votar neles em troca de uma cesta básica, de alguns trocados ou um salário mínimo. E já que a situação do eleitor não está lá essas coisas, é quase que admissível a tal compra de votos. Coisa, no mínimo, cruel.
Mas, analisando friamente o que candidatos e candidatas fazem para que sejam eleitos, vemos que está mais do que na hora de pôr a mão na consciência e evitar o mal pela raiz. Ou seja, impedir que candidatos desse porte induzam a população ao interesse deslavado pelo dinheiro e que, ao invés disso, façam com que a população ganhe um trocado de uma forma honesta e deixe de pagar tanto tributo.
Nós, jovens, merecemos um país melhor, livre de tanta corrupção, de tanta palhaçada e bandidagem. Queremos acreditar em pelo menos alguma coisa que vocês candidatos falam. É impossível ser fantoche em uma sociedade onde a cada minuto pessoas morrem de forma medíocre, às vezes por causa de 50 centavos, às vezes por causa de erros de pessoas que dizem fazer nossa segurança ou por causa da falta de oportunidade.
Queremos liberdade, igualdade e fraternidade. Sempre quisemos, mas ninguém nunca nos ouviu. Calaram nossa voz, elegeram governantes despreparados e nos impediram de gritar no mais alto de nossa voz: CHEGA!!
Neste 5 de Outubro, vote consciente e, acima de tudo, com a esperança de que tudo isso pode mudar.
Mas o que esperar de um país onde jovens são presos na bebedeira, se vestem de preto e vivem em micaretas?! Puro devaneio...