Calma. Não estou aqui dizendo que você jamais vai conseguir escrever ou que não é sábio o bastante para isso. Não! O que quero deixar claro é que escrever, seja pra você mesmo ou para os outros, não é tão simples quanto respirar. Existem várias maneiras de se fazer o escrever. Vamos às duas que considero principais:
A primeira é a escrita forçada, aquela das suas aulas de redação e das tardes gigantes do dia do vestibular. Ela é fácil, o problema é a pressão que o tempo exerce sobre você naquele momento. Isso sem falar nos professores mestres em redação que conseguem descobrir um erro por mais escondido que ele esteja. Tem como imaginar que aqueles caras já fizeram uma redação mal-feita alguma vez na vida?!
A outra é a escrita que mais se populariza hoje em dia, com o advento da internet. É o escrever quando bem se entende, é a escrita dos diários virtuais, dos blogs, da rede em geral. Excluindo alguns desses blogs, que seguem a tendência de uma escrita correta na net, encontramos um outro problema em relação a essa forma de exprimir idéias aparentemente fácil: a evolução evidente de uma nova linguagem, chamada por alguns de “internetês”.
O tal “internetês” virou o grande vilão dos educadores dessa geração. Em uma sociedade onde cada vez mais a criança e o adolescente passa grande parte de seu tempo livre navegando, fica evidente que esse mesmo tempo, tão precioso para todos nós, faz com que palavras ganhem inúmeras formas de abreviação, o que reflete na própria aprendizagem do aluno. Ou alguém já imaginou um desses viciados em internet sentado na cadeira da ABL, escrevendo um artigo para um desses jornais famosos?!
É por essas e outras que escrever não é a tarefa mais simples de todas. Requer, acima de tudo, prática, leitura e uma boa visão de mundo.
Ah! E é bom ter uma inspiração por perto, senão o que diriam os nossos ancestrais, inventores da escrita pré-histórica?!
No mínimo iriam te mandar desenhar a bunda da mulher melancia...
