Chato, não? Por incrível que pareça estamos começando a nos acostumar com esse tipo de coisa: trocar o certo pelo duvidoso (ou o duvidoso pelo correto). Por estarmos cada vez mais presos ao tempo, achamos que é inviável sair com o amigo porque não vai “dar tempo” de ir ao jogo de futebol, assistir àquele programa na TV ou sair com o(a) namorado(a). E, por conseguinte (olha eu falando difícil), acabamos mudando de hábitos, nos mantendo submissos a máquinas, como o relógio ou o computador.
Mudar os hábitos não significa só arranjar um emprego novo, ir estudar longe da sua casa ou passear com seu cachorro todo dia de manhã. Não!!
Mudar é modificar-se a qualquer instante, mesmo que a causa dessa mudança esteja lhe fazendo bem. Mudar é buscar um horizonte melhor, mesmo que as conseqüências não sejam as mais proveitosas possíveis.
É claro que não se muda da noite para o dia. Quem conseguiu esquecer a paixão adolescente dois dias depois de ela ter lhe dado um fora? Quem foi o maluco que, com um dia após a tragédia com o avião da TAM em São Paulo, esqueceu o episódio? Qual dos homens já colocou a toalha molhada no varal horas depois de a esposa ter reclamado?
A gente se acostuma, é claro. Mas aí entra a questão do tempo. Aquela “entidade” que nos causa tantos problemas com o seu poder de passagem quase que instantâneo é a mesma que nos faz modificar nossa maneira de pensar e agir perante o mundo.
Transformar-se está no seio do homem. De acordo com a Revista Super Interessante (Ed. 248, JAN 2008), você pode mudar seu jeito de ser a qualquer momento. A personalidade que você tem varia de pessoa para pessoa: algumas lhe acham super gente fina, enquanto outras querem mais é te mandar para o raio que o parta. O que não é saudável é mudar para tentar agradar essa parcela que te odeia. A não ser que isso vá te trazer algum retorno...
O ser humano tem jeito. Ele pode voltar a ser criança, praticar o charlatanismo ou até inferir algumas meias-verdades. Mas um dia ele muda. Pode acreditar!!
