domingo, 28 de julho de 2013

Bem, Rainha!

Parabéns, você conseguiu! Onipresente, destruiu todos os planos que eu havia feito para um dia perfeito. Venceu uma partida do jogo de xadrez do sentimentalismo teletransportando-se mentalmente para o cérebro da Rainha. Xeque-mate! Com toda franqueza, não te desprezo. Com toda fraqueza, só peço que pare. Aliás, você já não faz mais nada. Você está e não está, magoando pessoas que estão magoando outras criaturas exatamente agora. Triste fim.

Mas você despertou a ira do amor. E isso eu não posso consentir. Tudo o que você plantou sem querer começa a querer devorar o querer bem. A atenção, o cuidado, as inúmeras tentativas de agradar, agora se tornaram ervas daninhas capazes de consumir até fogo, se eu assim deixar. Só que essas ervas daninhas carregam um bem precioso demais pra eu cortar o mal pela raiz. Minha cabeça anda confusa e o único jeito que eu tenho pra resolver isso é confiar no Bem magoado. Talvez ele tenha a saída. O Bem e o Tempo.

Eu tenho medo que a Rainha se perca. Confundida pelo Onipresente, acredite piamente que ele estará lá sempre que ela precisar. Eu estarei. Guiado pelo Bem, se assim Deus me permitir. Só que eu tenho medo que o Bem se canse e que perca as forças paulatinamente, me deixando desnorteado e sem ânimo para continuar. Venho de um confronto direto com o Onipresente, que me deixou cicatrizes profundas, todas curadas com muito suor e lágrima. Disseram-me que o Bem tinha as respostas. Acho que ele as tem.

Derrotado na primeira batalha, não me acomodarei. A guerra em busca da Vida está só começando e eu não abro mão dessa vitória de maneira alguma. Tenho minhas armas e vou usá-las com a maior parcimônia possível. A arte da guerra, já ouviu falar? Guerra de tronos. Pelo Bem da Rainha. Pela Rainha de Bem.

Bem, Rainha, a sorte está lançada!


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