domingo, 12 de junho de 2011

Quebra-mar

Sentados no quebra-mar, faziam juras de amor
Não sabiam ao certo no que aquilo iria dar
Ela pedia atenção, ele exigia cuidado
Ela queria carinho, ele espalhava afago
Passos incertos, futuro na cara. Nenhum admitia.


Fim de tarde, pôr do sol, quase lua
Lua cheia. De desejo, de entrega, de luz
Mar calmo, quieto, simplório
Barulho zero, torpor à flor da pele
Eram os únicos da ilha, palco de toda dor.


Queriam coisas novas, tiveram novidades
Queriam coisas certas, tiveram inverdades
Negaram coisas prontas, enxergaram intimidade
Negaram coisas mortas, chegaram na idade


De viver e viver e viver
Mais um pouco, aonde der
Com você, sem você
Se esse quebra-mar quiser.


(Marcos Lima)

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