domingo, 12 de julho de 2009

Mil e uma primaveras

Eu nunca fui muito de ir à aniversários. Carrego comigo duas hipóteses: ou o aniversariante esquece de me convidar ou realmente ele não vai com minha cara. Já perdi as contas de quantas comemorações eu deixei de ir simplesmente porque não fui convidado. Cara, e de amigos tão próximos… Mas vai entender. Pelo menos aqueles em que fui me renderam boas histórias e que gostaria de compartilhar, agora, com vocês.
 
Pra ser sincero, o último aniversário com bolo e tudo mais em que estive presente foi no ano passado, nos 15 anos de Juliana. Eu poderia falar uma porção de coisas da festa, mas vou me reservar a duas que me marcaram como ser humano crasso que sou. Alguém aí já terminou o namoro em um dia e no mesmo dia foi flertar com outra pessoa? Nesse dia, eu fiz isso. Tinha terminado um namoro conturbado e queria ficar com uma amiga da aniversariante que – adivinhem – estava de salto. Dia desses eu tento explicar melhor esse meu fetiche por salto alto, mas tudo bem… Resumindo, ela tinha um fica e eu acabei dançando! E por falar em dançar, a festa tinha uma baladinha (que não estava lá essas coisas, confesso) e acabaram me convidando pra “balançar o esqueleto”. Mas eu preferi ir, com um outro amigo, buscar salgadinhos pras meninas. Sento, coloco uns 300 salgadinhos em cima da mesa, olho pro lado e todo mundo havia sumido. Quando a tia da aniversariante surge do nada e manda a frase da noite: “Dançar que é bom ninguém quer, mas comer…” Ok, esse parágrafo ficou gigante; fim do aniversário de Juliana.
 
E como me esquecer do melhor aniversário em que já fui? Foi tudo tão perfeito. E não foi pelo simples fato de ser um sábado à noite. Diria que o conjunto da obra foi o seu maior diferencial. Não foi uma festa chique; os convidados é que tinham um brilho diferente no olhar. Era aniversário da filha de um dos melhores professores que já tive, Marcus Vinícius. Agora, imaginem: docinhos, música infantil dos anos 80, gente bonita, receptividade, sensação de estar em família mesmo sendo apenas aluno do pai da aniversariante… Tudo isso junto me dá uma saudade daquele tempo. E acho que só vou sentir isso de novo quando estiver casado e com um filho completando 1 ano de idade.
 
Pois bem. Se eu consegui eleger o melhor, também consigo contar qual foi o pior aniversário de toda a minha vida. Michael Jordan errou feio quando me convidou pra ir àquela festa. Um bolo do Homem Aranha, que na hora em que foi servido veio mais com estampa do personagem do que com cobertura, um pessoal se arrumando de última hora, morcego nos pés de fruta. Agora, dizer que o aniversário foi ruim porque aconteceu no quintal seria injusto, até porque o de Belinha, a filha do professor, também aconteceu em uma área livre como a da festa dele. Mas que é o cúmulo deixar o rádio ligado na pior emissora da cidade a noite inteira só tocando forró e pagode, isso é. Custava comprar uns CD’s? Custava, visto que o aparelho que tocava esse tipo de mídia só veio chegar no fim da festa, quando eu já estava indo embora – graças a Deus. Sinceramente, eu espero que ele não leia esse texto nunquinha!
 
Pra terminar, queria falar do último “niver” em que fui. Nessa semana, uma das minhas melhores amigas, Isabel Moraes, fez 16 anos. Não teve todo aquele aparato, um monte de mesas cobertas com toalhinhas coloridas e nem uma porção de gente cochichando e fingindo se importar com quem está trocando de idade. Mas são exatamente esses os aniversários a que dou mais valor. As comemorações que só os amigos de verdade participam, as missas antes de um “coquetel” qualquer (que paradoxo!), as brigas pelo controle da TV, a falta de energia no melhor da festa, as idas à uma lanchonete em uma parte distante da cidade, as idas à uma pizzaria muito depois da data do aniversário, as conversas - na cama - com a namorada da aniversariante (nada ilícito)… Enfim, a presença sincera. Uma forma de dizer um Feliz Aniversário de verdade, sem sorrisos amarelos no rosto ou coisa parecida.
 
Mas se vier a uma comemoração minha, seja do que for, não me traga presentes. Traga um sorriso sincero e um abraço, que o resto eu dou um jeitinho de conseguir, mais cedo ou mais tarde.

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3 comentários:

  1. Bom , minha família adoora um aniversário. Só na semana passada eu fui a 3, em três dias seguidos. É divertido até, mas meu estomago não agradece hauahauhau xD
    Sempre é assim, acabo tendo histórias pra contar =P.
    Eu ri da parte do bolo do homem aranha! fico só imaginando o papel de arroz, na hora de tirar pra partir o bolo é o fim! kkkk
    eu ja tentei até comer o papel o.o' hauhaua.

    http://aleksvoceachaquepensa.blogspot.com/

    euri xD
    Abç

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  2. Vc falçou tudo.
    Que tragam boas energias que o resto a vida se imcumbe de trazer.
    Bata que para isso façamos nossa parte!

    Forte abraços!

    http://martonolympio.blogspot.com/

    :)

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